segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Férias!

Na última sexta saí de férias! Só volto ao trabalho na segunda semana de janeiro! Até lá, Munique, Berlin, Paris, Stuttgart e Portugal, se o inverno permitir e parar de atrapalhar os aviões e trens daqui.

Desde sexta eu e Debora estamos em Munique, onde ficamos até quarta. Sábado fomos ao castelo de Stormwind Neuschwanstein:



onde encontramos um membro da Defias Brotherhood:



Ontem foi dia conhecer o Deutsches Museum, um museu dedicado a tudo relacionado em engenharias. O museu é bem grande e nem deu pra ver tudo em um dia inteiro, mas tem coisas muito interessantes e recomendo a todos que visitarem Munique a gastar um dia lá. Do que eu vi, gostei bastante da parte de mineração, onde inclusive tive que impedir uma mina de desabar:



Ainda na parte de mineração, muitos carrinhos de mineração, maquetes e até algumas máquinas reais:



Além disso, pra quem é de computação, é interessante também ver a parte de eletrônica e informática. Como bom nerd, tirei fotos de um waffle de silício (que nunca tinha visto, só ouvido falar):



de um Univac, provavelmente um modelo capado ou algo assim e sem periféricos, por dentro:


e por fora:



e ainda fui fotografado ao lado de um Cray I:


Não sei quando virá o próximo post, portanto, desejem-me sorte para o deslocamento aqui na Europa

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Debora na Alemanha!

Debora chegou aqui semana passada, no domingo. Ela já fez alguns posts no blog dela, então, quem é curioso por notícias e acha que posto pouco, visitem o blog: http://deboratads.blogspot.com/

Essa semana é a última semana de trabalho do ano. Sexta-feira viajaremos para nosso tour e volto na primeira semana de janeiro. Se tudo correr bem, poucos posts e muitas fotos nesse período ;-)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Congelando


De acordo com o Google, agora fazem -5°C aqui. A parte interessante é que a neve não derrete e tudo permanece branco. Mas não estou passando frio... Só tive que usar meu casaco mais grosso! Ontem até estava um dia bonito, com céu tentando ficar azul e chão branco, mas hoje a neve voltou com mais vontade, mesmo durante o dia. A rua aqui atrás do apartamento está toda branca... Até difícil distinguir a calçada da rua :-)

Para os opositores que ficam me difamando falando que eu nunca apareço nas fotos com a neve, selecionei duas:




Agora já até sei que vocês vão mudar o argumento e falar que é Photoshop!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fotos, fotos e mais fotos

Finalmente fiz upload das fotos que tenho tirado por aqui para o Picasa...

http://picasaweb.google.com/vinicius.santos/

Mais neve



Depois do último post, terça-feira passada, não teve mais neve pelo resto da semana. Já essa semana, começou a nevar pelo menos um pouco, todos os dias, mas com a neve sempre derretendo durante o dia, pois a temperatura estava acima de zero graus:





Aparentemente essa noite nevou bastante. Dei uma olhada pela janela e vi que havia um quantidade considerável (aqui é mais quente que na universidade, e tinha visto muito pouca neve nessas redondezas):



Já tinha neve suficiente até pra um menino fazer uma bola de neve:


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Neve!

E hoje, pela primeira vez na minha vida, vi neve. Chegou assim, sem avisar, logo depois de um final de semana ensolarado.

Eu estava no ônibus indo pra universidade e quando saí de casa estava chovendo. Em determinado momento, percebi que a chuva estava caindo devagar e comecei a imaginar que poderia ser neve. Dois minutos depois comecei a ver algumas partes do chão brancas e tive certeza :-)

Aparentemente lá já estava nevando antes mas onde eu estou morando, não nevou ainda. E são apenas 20 minutos de um lugar até o outro. O caminho que faço do ponto de ônibus até a minha sala, no começo do outono (na verdade, até ontem) estava assim:


Hoje, já estava assim:



Embora não dê pra ver direito na foto, meu cabelo, barba e casaco, ficaram com floquinhos de neve:


Percebe-se que eu estava igual criança rindo à toa =D

Só não deu pra apreciar os flocos muito bem, porque a temperatura estava "alta" e eles estavam deformados e derretendo. Finalmente, um registro em vídeo. Recomendo assistir no youtube com qualidade HD, se possível em tela cheia pra ver melhor a neve caindo. Mas aqui já dá pra ver alguma coisa:


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Heidelberg e Augsburg

Depois que descobri a manha de pegar trens baratos (e lentos) resolvi que vou tentar viajar todo final de semana. No último final de semana fui em Augsburg e no anterior fui em Heidelberg.

Heidelberg é uma cidade bonitinha, com prédios antigos, toda organizada. Tá, até agora descrevi todas as cidades daqui, praticamente. Mas Heidelberg tem um atrativo especial, que é um castelo (grande parte em ruínas). Parece que foi durante a guerra dos 30 anos que ele foi destruído. Ainda há bastante coisa de pé, pelo menos muitas paredes, mas as áreas internas foram quase todas destruídas, assim como parte das torres e também os objetos foram saqueados pelos vencedores. Ainda assim, o local vale a visita.

No último domingo fui a Augsburg, a cidade mais antiga da Baviera e a segunda mais antiga da Alemanha. O nome da cidade é em homenagem ao imperador romano Augustus, que fundou a cidade (ou mandou fundar). Era uma rota importante para os Romanos. A cidade já foi um dos locais mais importantes economicamente da Europa. E como tudo de bom que já existiu por aqui mas acabou, foi por causa de alguma guerra. Foi em Augsburg que nasceu o pai do Mozart e a casa dele acabou virando museu. Um fato engraçado foi na hora de ir embora, enquanto não dava a hora do meu trem, fui ao Burger King e comprei uns nuggets com bacon. O diálogo foi mais um menos assim:

- Cheesy Bacon Nuggets -- ou algo parecido com isso, que era o nome do que eu queria.
A atendente respondeu:
- "@#$$&*@% #%@@* Schwein".
Eu, dentro de meu vasto conhecimento de alemão, sabia que Schwein significava "porco". Imaginei que ela estava falando que continha carne de porco, e respondi:
- OK.
Ela falou
- "#$* *%((@!@ !@%)#(%* muslim", de onde eu deduzi que ela estava perguntando se eu era muçulmano, e respondi:
- "No, I'm not."

No fim tudo deu certo e consegui comer os tais nuggets. Talvez seja uma boa considerar mexer na barba antes de tentar embarcar em algum avião =P

Curiosidades:
- Em todos os lugares que reparei até agora as janelas tinham 2 "camadas" de vidro. Imagino que seja pra isolar no frio.
- Também por causa do frio, mais especificamente, da neve, há grades na ponta dos telhados, pra segurar a neve e não deixar que caia na cabeça das pessoas.
- Da mesma forma, a neve pode danificar fontes e chafarizes, por isso estas são cobertas ainda durante o outono, antes da neve chegar.
- Aqui na Alemanha tenho muitos problemas com vídeos bloqueados Youtube, a frase "This video contains content from UMG. It is not available in your country." faz parte da minha vida, agora.

A propósito, post sem fotos porque estou com preguiça de pegar a câmera... Depois boto no Picasa/Orkut.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Falando português na Alemanha

Hoje tive uma experiência que dificilmente terei novamente: assisti uma aula de português para alemães. Um dos alunos do meu grupo de pesquisa está fazendo aulas de português na universidade e, ao ver que a professora era brasileira, resolvi ir lá bater um papo (afinal, não tinha achado brasileiros por aqui ainda). Acabou que acabei virando "instrumento didático" hehe. Quase um terço da aula foi de perguntas e respostas sobre mim =P

A turma é bem heterogênea. Aparentemente todos são alemães, mas dos 8 alunos presentes 2 já passaram algum tempo no Brasil, então conseguem se comunicar bem e possuem um bom vocabulário, um já estudou espanhol (ele se denunciou duas vezes, falando coisas em espanhol), uma parece ter estudado italiano (rolou um "parla"). Tirando os dois que viveram no Brasil, os demais parecem estar mais ou menos no mesmo nível, de fato aprendendo, e não apenas praticando e aperfeiçoando.

Um dos dois alunos que moraram no Brasil ficou por três anos, porque tinha uma namorada brasileira. Aprendeu português na marra e, segundo a ex-"sogra" dele, fala português igual a um favelado. Mas eu acho que ele se expressa bem... Talvez eu também fale igual a um favelado =P Ele falou bem do Brasil e, segundo ele, os alemães são muito sérios e tem "medo" de sorrir, e disse que gosta muito do Rio e se diz um carioca. "Parabéns, oh brasileiros".

Falando em Hino da Independência, a letra correta do hino é "Parabéns, oh brasileiros/ já com garbo juvenil" ou "oh brasileiros/ já com garbo varonil"? Jurava que era juvenil, mas olhei no Google agora e achei lugar dizendo que é juvenil, como o Consulado Geral do Brasil em São Francisco, mas também achei lugar dizendo que é varonil, como a Wikipedia. Mas antes que venham reclamar que a Wikipedia não é confiável, fiquei na dúvida porque a maioria dos resultados dizia varonil. Aí, pra completar, ainda achei esse site que diz que depende de quem canta =P

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Testando FeedBurner

Estou começando a usar isso hoje e estou fazendo uma postagem para testar. Ignorem =)

Medley de músicas de desenhos animados

Quebrando a série de posts sobre minha estadia na Alemanha =)

A maioria dos desenhos são conhecidos mas algumas músicas não, porque a TV brasileira muitas vezes não colocava a abertura.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

X-Burguer

Novidade: essa semana descobri que a bolsa já entrou! Agora posso dormir mais tranquilo por saber que não vou ser despejado nem passar fome! A parte difícil foi descobrir quais eram os botões que eu tinha que apertar pra ver o saldo e depois pra fazer saque :-)
Precisei ir ao caixa duas vezes e usar o dicionário, mas entre mortos e feridos salvaram-se todos =D

Mas se tudo correr bem, até a volta pro Brasil vou saber um pouco mais de alemão e essas coisas vão ficar mais fáceis... Tenho estudado todos os dias (ouvindo umas lições que o Mentel recomendou).

Sexta-feira consegui destruir a câmera. Ela estava em meu bolso e provavelmente eu esbarrei no botão de ligar. A lente tentou abrir encontrou resistência e... puft. Mas ok, já estou com outra e devendo vários euros pra Debora =P

Antes de pifar, ela foi bem utilizada... Tem um bocado de fotos. Tirei foto inclusive da minha nova coleção de moedas de euro:


As que estão bagunçadas à direita, são repetidas. As demais estão divididas em linha, cada linha de um valor. Tem várias de cada porque a parte de trás da moeda depende do país onde ela foi emitida. Além disso, tem o ano, então, se você coleciona mesmo, é mais uma coisa pra prestar atenção. Mas depois devo restringir essa coleção de algum jeito, porque está ficando cara =P
Mas é bom arrumar hobbies quando você está longe de casa, sem falar o idioma local e sem conhecer praticamente ninguém, mas nesse caso a coleção já é um hobby mais antigo.

Aproveitando que já estou com "a mão na massa" vou aproveitar para colocar mais duas fotos. Depois jogo um bocado de uma vez no Picasa.
No primeiro final de semana, assim que cheguei, fui com o Jayme, meu orientador brasileiro, Dieter, meu orientador alemão, e o Philipp, um aluno de doutorado aqui, até Füssen, conhecer o castelo de Neuschwanstein, um castelo construído por um imperador da Baviera. Esses são meus orientadores:


E esse é o castelo:


Mas de turismo mesmo só fiz isso, até agora. As novidades que tenho visto são coisas bobas do cotidiano são: aprender a pegar ônibus, onde descer, como sacar dinheiro em banco, fazer compras no mercado e assim por diante, além do idioma. O mais próximo de turismo que fiz foi bater perna na rua onde estão todas as lojas grandes da cidade, pra não morrer de tédio em casa no final de semana. Mas nos feriados de Natal e Ano Novo viajarei com a Debora aqui pelas "redondezas" :-)

Fora isso, meu dia-a-dia tem sido trabalho. Descobri que já tinham feito algo muito parecido com o que eu estava escrevendo no meu paper, então teremos que começar da estaca zero. Atualmente, estamos eu, Philipp e Dieter ainda discutindo o que estudaremos, com reuniões mais ou menos dia sim dia não, e lendo um bocado de artigos sobre o assunto da vez, para decidir exatamente qual problema atacar.

A lista para próximos posts continua:
- Rio Danúbio
- Biblioteca Municipal

Ah, e pra quem não entendeu o título do post, é um "sanduíche" ;-)


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Novidades


Volta e meia lembro de alguma coisa pra escrever aqui, mas como não estou no computador acabo esquecendo ou ficando com preguiça. Estava procurando onde fica exatamente um supermercado aqui perto e resolvi achar o lugar onde eu estou:


É um antigo mosteiro, que agora é parte da universidade, parte asilo, parte museu e mais alguma(s) outra(s) coisa(s). O meu apartamento é até maior do que eu esperava... só uso mais ou menos metade do espaço dele. Estou morando sozinho e o aluguel é até razoável, 300 euros por mês.

Daqui pra universidade tenho que ir de ônibus, são 24 minutos de viagem (sim, cronometrados, inclusive tem hora pra pegar o ônibus e no ponto tem a tabela com todos os horários). Além disso os pontos são identificados por nomes e dentro do ônibus avisa qual é o próximo e em boa parte deles mostra uma imagem com os pontos seguintes e o tempo de viagem até cada um deles. A imagem abaixo mostra a placa do ponto Hauptbahnhof, a lista dos ônibus que passam e a tabela dos horários.

Outra coisa interessante é que você pode comprar passes semanais ou mensais, que valem muito a pena. Cada viagem custa 1,90 euros (é um preço salgado se for fazer a conversão pra real, mas é uma das únicas coisas bem mais caras aqui). Se você compra um passe semanal e usa 9 vezes (por exemplo, vai pra universidade os 5 dias da semana), já compensa. E tem o passe mensal também, que é mais ou menos o valor de 3 semanas. Nessas horas eu fico triste em pensar no metrô do Rio, por exemplo, onde você pode comprar um bilhete pra várias viagens mas não recebe nenhum incentivo ou desconto por isso. O argumento provavelmente deve ser que você isso é bom pra você, já que só precisa entrar na fila uma vez, mas isso é vantagem pro metrô, que precisa de menos funcionários na bilheteria. Falando em bilhete, muitos pontos de ônibus por aqui tem máquinas onde você pode comprar seu bilhete (e nem precisa mostrar pro motorista, em geral). Quando não tem, é só pagar pro motorista mesmo que ele te dá o bilhete.

Curiosidades:
- Os alemães andam rápido! Não sei se é costume pra ficar pouco tempo no frio, se é porque a estatura média deles é maior e portanto têm pernas mais compridas, mas eu sei que eles andam rápido!
- A temperatura média aqui do outono é mais ou menos igual aos dias mais frios do ano no Rio.
- A previsão para os próximos dias é de frio. Devo enfrentar os zero graus ainda esse mês.
- Ulm, a cidade onde eu estou, é a cidade natal de Albert Einstein.

Nos próximos posts:
- Rio Danúbio
- Biblioteca Municipal

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Doutorado Sanduíche

Finalmente vou começar a escrever sobre o doutorado sanduíche.

Tudo começou algum dia de 2009, quando passei pelo Jayme, meu orientador, em um corredor do NCE (se não me engano eu estava saindo do banheiro e ele entrando) quando ele me perguntou: "Você fala alemão?"

Mais tarde vim entender a razão. Ele é o coordenador do lado brasileiro de um projeto de pesquisa bilateral Brasil-Alemanha. O coordenador do lado alemão é o meu coorientador. Este projeto prevê viagens ao exterior para realização de doutorado sanduíche. E é aí que eu entro, ou melhor, saio. Do País.

No começo de 2010 vim a conhecer o então futuro coorientador, Dieter Rautenbach, no Brasil. Ele passou pouco mais de um mês juntamente com alguns alunos. A visita dele foi bastante produtiva e me deixou animado para a viagem. Depois disso começou a correria para poder viajar. Primeiro, era necessário que eu fizesse meu exame de qualificação, um processo feito normalmente no meio do doutorado para mostrar para uma banca que aquilo que você está fazendo tem algum futuro. Depois disso, pedido pra Capes e outras burocracias inerentes à viagem.

Eu não sei como é para a maioria das pessoas, mas os preparativos foram um bocado estressantes pra mim. Fico cheio das paranóias de que algo vai dar errado. Mas é culpa também da burocracia... Seria bem legal se eu precisasse apenas colocar as roupas na mala e sair, sem me preocupar com passaporte, seguro, etc.

Dia 1º de outubro era o dia da viagem. A tensão começou na véspera, com as malas. Seriam 4 meses na Alemanha, então teria que levar um bocado de coisa. Com isso começou o medo de estourar o limite de peso. Depois ao chegar no aeroporto o funcionário da TAP falou que iam me barrar na imigração por falta de visto (na Alemanha você pode deixar pra pedir o visto de estudo depois de chegar no país). Aí foi aquela tensão até Lisboa, onde eu ia fazer a escala pra depois seguir pra Frankfurt. Chegando em Lisboa, tem aquele tempo até sair do avião e tal e depois segui para a imigração. Depois de 1h na fila, de mostrar passaporte e mais umas 2 cartas, e de umas 3 perguntas básicas, fui liberado \o/

Dali segui já pro portão de embarque pra Frankfurt. O avião era meio feinho, com as poltronas meio gastas, mas era de se esperar que fosse pior que o avião anterior, afinal, era uma viagem de menos de 3h, contra as cerca de 9h até Lisboa, com filminho, vinho e tudo mais.

Chegando em Frankfurt, fiquei até meio desnorteado. O aeroporto era gigantesco, tinha aviões bizarramente grandes, inclusive o maior avião do mundo. Os maiores aviões eram da Lufthansa, empresa que é responsável pela maior parte dos voos do aeroporto. Aliás, a quantidade de voos do aeroporto era outra coisa impressionante. Na imagem abaixo, pode-se ver a listas dos voos com chegada em um intervalo de duas horas e meia.


Antes de prosseguir, eu ainda tinha que esperar o Jayme chegar, pois seguiríamos juntos de trem para Ulm. O voo dele chegaria 2h depois do meu, então deu tempo de tentar ligar para o Brasil, de comer alguma coisa,


de achar um brasileiro batendo papo com um espanhol e também de encontrar a prima alemã da Época:


Depois que o Jayme chegou, seguimos, juntamente com minhas duas malas gigantes, para o trem. O processo de entrar no trem carregando duas malas grandes foi menos traumático do que o esperado e, apesar dos 20 minutos de atraso iniciais, mais os outros 40 minutos de atraso no decorrer da viagem, foi tudo tranquilo. Vale ressaltar que o atraso foi algo atípico e mais ou menos raro na Alemanha. Depois de chegar já fui duas vezes à estação e eles foram extremamente pontuais.

Fora isso, o dia terminou com o jantar, que foi um Rostbraten vom Allgäuer Rind mit Käsespätzle, Röstzwiebel, Maultäschle und Bratensoße, como pode ser visto na figura a seguir


devidamente acompanhado de uma Memminger Premium:


Bom, depois conto mais =)

Fatos curiosos:
- Fui em um mercado com um aluno daqui da Alemanha e para nossa surpresa quase todos os produtos estavam em Russo ou em algo similar;
- A neblina matinal só vai embora por volta das 13h;
- Meu orientador alemão é casado com uma brasileira;
- Ulm é no sul, o que poderia ser bom em termos de temperatura, mas é uma cidade alta, então compensa e a neve deve ser significativa;
- A culinária alemã, até agora, me agrada;
- A universidade de Ulm é a mais alta (em altitude, não em altura) da Alemanha;
- A catedral de Ulm é a mais alta (em altura, não em altitude) da Alemanha.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O que um desocupado com talento musical pode fazer

Veja isso:



E depois isso:



Dica do Hugo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Problemas com BrTurbo

É engraçado como estes serviços hoje em dia estão tão ruins que eu tenho reclamações até mesmo de um serviço que não assino.

Esta semana recebi um 3 e-mails sobre "Assinatura inadimplente", "Serviço cancelado" e coisas do gênero. Como é mais ou menos comum receber mensagens destinadas a outras pessoas, ignorei as mensagens. Depois disso recebi outros 6 e-mails parecidos, com o nome do assinante (que é diferente do meu) e os números das 2 assinaturas dele. Como começou a ficar frequente, resolvi tentar resolver o problema e fui no atendimento online deles.

Primeiro fui atendido por "Daniel Araújo", que, antes de qualquer coisa, me pediu meu CPF. Ora, eu não solicitei o serviço, não solicitei nenhum e-mail e tenho que dar meu CPF pra parar de receber as mensagens? Me recusei. Falei que se for pra ter meus dados pessoais, seria através de meu advogado.

Como no meio do processo a janela de chat deu alguns problemas, percebi que tinha mais de um atendente. Resolvi tentar com outro, embora muito provavelmente eles sigam manuais de maneira mecânica, sem pensar muito, e eu acabaria tendo a mesma resposta. Dessa vez fui atendido por "
Maria Luiza", que, depois de demorar um bocado pra responder, pediu meu nome, data de nascimento e CPF. Forneci apenas o nome. E ela diz: "Solicito que verifique se alguém fez o cadastro em seus dados e retorne o contato para verificação." Ou seja, eu entro em contato para reclamar que recebo e-mails sem ter assinado nada, e ela, depois de perguntar se eu realmente não assino BrTurbo, pede para eu verificar de novo e contatá-los novamente.

Depois de insistir que eu tinha certeza, ela perguntou se eu tinha o nome completo da pessoa a quem o e-mail era endereçado e o meu e-mails. Aí eu forneci (de novo) o nome e os números das assinaturas, além do meu e-mail. E aí, com o uso do gerundismo (que não poderia faltar), ela responde: "Certo, estarei solicitando a retirada de seu e-mail." Vamos ver se funciona.

Pessoal da BrTurbo, dêem uma orientada no
"Daniel Araújo" e façam como todos os outros serviços da internet e mandem um e-mail de verificação antes de encher os outros de spam ;-)

E se alguém tiver algum contato na BrTurbo, faça isso chegar até eles =)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Theoretical Computer Science

Pessoal que gosta de teoria, uni-vos!

Não sei exatamente como a coisa funciona, mas estão querendo criar um site pra discutir coisas de teoria da computação no mesmo estilo que o Stack Overflow.

Só que pro site entrar no ar, tem que passar por umas fases de definição e ter uma certa quantidade de pessoas interessadas... Participem ou pelo menos ajudem a divulgar =)

Tem um "referrer" na URL e não sabia o que eu ganho com isso. Fui verificar e descobri que ganho "pontos de reputação"... sejá lá a utilidade disso.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O problema da parada

Hoje estava lendo sobre o Problema da Parada e percebi um pouco mais a profundidade desse resultado, a partir de alguns exemplos. Resolvi escrever aqui sobre ele. Para quem não conhece o problema, ele pode ser encarado da seguinte forma:

Problema da Parada
Entrada: um programa "P" com sua respectiva entrada "E".
Saída: Sim, se o programa "P" para de rodar com a entrada "E". Não, caso contrário.

Em outras palavras, dado um programa, você quer saber se ele para de rodar ou não. Pra descobrir isso, você precisa de um outro programa. Mas, como Alan Turing mostrou, não existe um programa que resolva o Problema da Parada. Não vou entrar na argumentação de porque ele não existe, mas sim em uma outra coisa que nunca havia me dado conta, de quão importante é esse resultado.

Considere, por exemplo, o Último Teorema de Fermat. Caso existisse um programa que resolvesse o problema da parada, teríamos uma prova quase trivial para o Último Teorema de Fermat. Considere o programa P abaixo:

Programa P
Para toda tripla (x, y, n) de inteiros, x > 0, y > 0, n > 2.
Verifique se existe z inteiro satisfazendo:
x^n+y^n=z^n
Se existe z, pare.

Note que esse programa só parará de rodar caso exista um contra-exemplo para o Último Teorema de Fermat. Portanto, utilizando a solução do Problema da Parada com o programa P como entrada, teríamos como verificar a validade do Último Teorema de Fermat. Da mesma forma, esse mesmo argumento poderia ser utilizado para provar (ou refutar) diversas conjecturas e resultados por aí.

Claro que, mesmo se existisse, a solução para o Problema da Parada poderia ser ineficiente, ou seja, poderia ser necessário muito tempo para que o programa rodasse e uma resposta fosse dada. Mas esse tempo ainda seria finito e, portanto, podemos praticamente afirmar que seria apenas uma "questão de tempo" até termos uma resposta. Note que o programa P serviria para refutar o Último Teorema de Fermat caso ele não fosse verdadeiro mas, por outro lado, apenas com ele, nunca poderíamos ter certeza de que o teorema é verdadeiro, pois nesse caso ele teria que testar uma infinidade de triplas e, portanto, nunca pararia. Assim, de fato, a solução do Problema da Parada seria um resultado importantíssimo.








terça-feira, 15 de junho de 2010

Exame de qualificação

Semana que vem, dia 22, às 10:00, ocorrerá meu exame de qualificação. É um passo acadêmico e burocrático do doutorado, onde você deve apresentar para uma banca aquilo que você fez e aquilo que pretende fazer no restante do doutorado. Na banca, além do meu orientador, Jayme Szwarcfiter (já digito sem ter que copiar!), estarão também o professor Valmir Barbosa, um (excelente) professor titular da Coppe, UFRJ, e o professor Eduardo Laber, da PUC-Rio.

Normalmente o exame de qualificação ocorre no meio do doutorado, ou seja, depois de 2 anos de ingresso, mas, no meu caso, acabou tendo que ser diferente. O Jayme tem um projeto de pesquisa com uma universidade da Alemanha, que prevê, dentre outras coisas, bolsas de doutorado sanduíche. Assim, surgiu a possibilidade de passar um tempinho lá. Devido ao calendário acadêmico alemão, seria interessante que eu fosse em outubro próximo. Assim, acabei tendo que correr pra defender o exame de qualificação mais cedo, com apenas 1 ano de doutorado. A parte boa é que isso acabou imprimindo um ritmo mais intenso no doutorado, que me impede de procrastinar como de costume ;-)

Agora é correr pra conseguir fazer tudo certo e a tempo pra conseguir satisfazer o calendário da burocracia da Capes e não ter que adiar a viagem.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Primeiro de Abril

Brincadeirinha de primeiro de abril que achei por aí... Atrasado, mas sempre em tempo :)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Bateria de balde

Revivendo os mortos, ou melhor o blog... Na verdade, estou só dando uma desfibrilação nele =P

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

I Gotta Feeling, versão samba

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Viagem ao Chile - Parte 2

Acabou que não continuei com os posts da viagem. A razão foi simples: tomava muito tempo e preferi fazer isso quando estivesse de volta ao Brasil. Depois na volta corri atrás de algumas coisas e agora tive a disposição de tentar contar o que aconteceu no resto da viagem.

O post anterior contou como foi o sábado que, na prática, foi o primeiro dia em Santiago. No domingo, era dia de ir pra Valparaíso, local onde seria realizado o curso. Mas como só iríamos à tarde, aproveitamos o dia para terminar de visitar a cidade.

O dia começou com uma visita ao Museu de arte precolombiana, citado em diversos lugares como um dos pontos de visita obrigatória para turistas. Nele, há objetos de civilizações existentes antes da chegada dos europeus, encontrados em diversas partes da América Latina. Como todo museu, não adianta descrever, só visitando pra saber como realmente é. Do acervo, achei interessante alguns tecidos e teares encontrados.



O Museu fica em um dos cantos da Plaza de Armas, um dos pontos mais famosos de Santiago. A praça, com uma área bem arborizada é cercada por prédios históricos, como a Catedral Metropolitana de Santiago.


Dali, seguindo mais uma vez as recomendações para turistas em Santiago, fomos ao último lugar que faltava de nossa lista, citado, principalmente pela gastronomia: o Mercado Central. É basicamente um grande mercado de frutos do mar, que aparentemente são muito presentes na culinária local, mas também tem restaurantes (cuja especialidade não poderia ser outra). Comi um Pastel de Choclo, que é uma espécia de "Escondidinho", mas com milho ao invés de aipim. Sob o aipim, tinha carne, frango, linguiça e ovo cozido. Foi uma surpresa bastante agradável, pra quem achou que ia comer um negócio qualquer só pra não ficar com fome. Bebemos Pisco Sour, uma espécie de caipirinha a base de Pisco, um destilado local, e com clara de ovo. Experimentamos também um vinho chileno Carmen Rhin, sugestão do garçon. Aliás, fomos muito bem atendidos lá, no Donde Augusto.

Na volta do almoço, passamos pelo Museu de Arte Contemporânea (aquelas artes sem sentido). Se não fosse tão sem sentido e não estivéssemos com tanto sono, teria sido mais divertido.


De lá fomos para o albergue nos preparar pra ida a Valparaíso. Para chegar lá, pegamos o metrô até um terminal rodoviário, um ônibus para a cidade e, para chegar ao albergue, tomamos um taxi.

A chegada no albergue foi meio esquisita: a cidade inteira é em morro, com um aspecto "estranho" pra quem está acostumado a ver as favelas do Rio. O nosso albergue era em uma ruazinha semi-pavimentada. Mas depois da primeira impressão da rua, The Yellow House se mostrou um lugar bem legal para se ficar hospedado. Martin, o dono, era um executivo australiano que cansou daquela vida, se casou com uma chilena e administra do hostel desde então. Por seu australiano e falar inglês nativamente, acaba sendo um ótimo anfitrião para os que não falam espanhol. Ele foi muito receptivo, dando todos os tipos de dicas que se pode imaginar. Falou de pontos turísticos, meios de transporte, lojas próximas, deu dicas de segurança (depois de ouvi-lo fiquei com a impressão de que seria assaltado a qualquer momento), etc. Tirando a ausência de televisão, o conforto do quarto fez com que nos sentissemos em um hotel (até pelo preço, ligeiramente salgado pra um albergue). Em todos os sentidos, o albergue era muito melhor que o de Santiago. A localização era muito boa pra quem estava fazendo o curso, por ficar a cerca de 50 metros do Instituto de Sistemas Complejos de Valparaiso. Coincidentemente, Israel, o único brasileiro no curso que não era da UFRJ, ficou neste mesmo albergue. A diversidade de nacionalidades dos hóspedes era bem interessante.



Valparaiso é uma cidade portuária. É onde fica o maior (ou segundo maior) porto do Chile. Uma vez que a cidade fica num morro, de frente para o mar, a área portuária é visível de grande parte da cidade.


O porto é aproveitado tanto para atividades comerciais quanto para passeios turísticos. Durante nossa estadia lá, dois cruzeiros estiveram atracados, e a todo instante saem passeios de barco, mostrando a cidade de outro ponto de vista, além de poder-se ver de perto os navios de cruzeiro e embarcações militares.


Além do mar, a cidade tem outros atrativos, como alguns museus incluindo como uma das casas do poeta Pablo Neruda, que visitamos em um dos dias. Por ser repleta de morros, os ascensores (elevadores) são muito comuns na cidade, para levar as pessoas das partes mais baixas às partes mais altas.

Próximo de Valparaiso, fica Viña del Mar, uma cidade um pouco maior, com hotéis de luxo, cassinos, condomínios à beira da praia e um grande shopping center. Em uma das tardes fomos visitar a cidade e aproveitamos pra fazer algumas compras. Algumas marcas lá eram bem familiares a nós brasileiros, como Petrobrás, Itaú, Brahma e Azaléia.

O curso em si foi bem legal. Era dividido em 3 partes: uma de teoria dos jogos, outra de otimização e uma terceira de teoria topológica de grafos. Acho os três temas interessantes, mas infelizmente viajei muito no de teoria dos jogos. Os outros dois foram bem legais, sendo o terceiro o que valeu mais a pena pra minha área de estudo atual. Dependendo dos temas, quem sabe não apareço em uma próxima edição? :)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Viagem ao Chile - Parte 1

Com dois dias de atraso, vou postar um resumo do primeiro dia de viagem. Acho que o restante da viagem deve render só mais uns 2 posts, já que grande parte do meu tempo nos próximos dias será dedicado ao curso. Se não leu a Parte 0 da viagem, recomendo fazê-lo antes.

Acordamos razoavelmente tarde, já que o café-da-manhã começava só às 9h. Saímos depois das 10h, mas as ruas ainda estavam bem desertas, com muitas lojas fechadas algumas por ser sábado, outras por ainda estar "cedo". O albergue era particularmente bem localizado. Bem próximo da rua "Pio Nono", a Lapa de Santiago, e também próximo de praças e museus famosos. Começamos andando pela Avenida Libertador General Bernardo O'Higgins a mais importante da cidade.


Nela se encontra o principal acesso ao Cerro Santa Lucía que foi o ponto da cidade do qual mais gostei. Um cerro é uma "colina", um "morro" ou um "outeiro". O Cerro Santa Lucía nada mais é que uma pequena montanha no meio da cidade.


E o que o torna interessante a possibilidade de se ver grande parte de Santiago de lá, além de algumas construções antigas, estátuas e chafarizes. Nas minhas pesquisas pelos guias de turismo, nem tinha dado muita atenção aos cerros da cidade. Quem aumentou minha curiosidade foi um grupo de mineiros que estava no mesmo albergue que a gente. Como o Cerro era praticamente caminho pros outros pontos turísticos, resolvemos conferir.









Algo interessante que notei durante a viagem são as montanhas visíveis pela janela do avião quando se aproxima do Chile. Do alto do cerro também é possível ver algumas dessas montanhas, com neve em seus cumes.



Uma outra coisa que achei interessante em Santiago é o interesse de seu povo por Street Fighter, como pode ser observado nas fotos abaixo, uma delas no cerro, de um índio preparando-se para lançar um Hadouken.


A outra demonstração clara de referência ao Hadouken pode ser vista na foto abaixo, com duas estátuas em uma exposição sobre a China no Centro Cultural Palacio la Moneda o qual visitamos no mesmo dia.


Aliás, o Palacio la Moneda é um marco histórico de Santiago. Inicialmente era a sede da Casa da Moeda do país, tendo se tornado sede do governo em 1845. Foi também lá que morreu Salvador Allende, presidente do país, durante o golpe militar liderado por Pinochet. Não se sabe exatamente se ele foi assassinado pelo exército durante o ataque ao palácio. Uma outra versão seria a de que ele haveria cometido suicídio com uma arma dada por Fidel Castro, na iminência de ser capturado. Uma vista frontal do palacio pode ser vista abaixo.


Depois de algumas horas caminhando sob o sol, ficamos exaustos (acho que meu peso não ajuda muito nesse sentido) e decidimos ir para um shopping. Para isso usamos o metrô, que, diga-se de passagem, cobre uma parcela razoável da cidade, com intervalos de tempo bem pequenos. A surpresa foi ver que os vagões têm pneus.


O almoço desse dia ficou por conta de McDonald's mesmo. Basicamente por falta de opção: muita comida "comum" pra gente, como bife e batata frita, muito fast-food, além de frutos do mar (os quais não como) que são a especialidade local. Mais tarde, fizemos um lanche no qual comi um sanduíche com abacate, carne e maionese. Aliás, várias das fuentes de soda (lanchonetes) do Chile vendem muitos de seus hambúrgueres e cachorros-quentes com abacate em cima. É um conceito estranho, mas o paladar é interessante. Ainda no sábado, chegou o Hugo, também para o curso de verão. Ele saiu com uma camisa do Fluminense e várias pessoas na rua fizeram referências ao Brasil por conta disso. Aliás, a quantidade de brasileiros que vimos em Santiago me espantou. Parece que os brasileiros gostam mesmo do Chile :)

sábado, 2 de janeiro de 2010

Voando com a Lan Chile - Adendo à "Viagem ao Chile"

Este post é um apêndice do post Viagem ao Chile - Parte 0.

Comecei a pesquisar as passagens. Como a Debora viria junto e também não havia necessidade de gastar mais que o necessário da taxa de bancada (afinal, ela ainda pode servir pra outras coisas) fui procurar a passagem mais barata possível. As principais empresas que faziam o trecho eram a Tam, Gol, Aerolíneas Argentinas e Lan (uma empresa do Chile). A Lan estava com a passagem mais barata de todas, apesar de ser às 10:20 da manhã do dia 1º, então decidimos voar por ela mesmo. Inicialmente o site não aceitou o pagamento, o que foi facilmente resolvido com um telefonema. A minha passagem veio com os nomes truncados (acho que o sistema deles faz isso por padrão quando os nomes são grandes demais). Parte da culpa é minha pois coloquei meu nome do meio desnecessariamente. Parte da culpa é deles pelo site mal traduzido e mal explicado. De qualquer forma, o nome truncado poderia me gerar problemas na hora da prestação de contas com o CNPq, então pedi que fosse alterado. Uma alteração simples, mas como na vida nada pode ser fácil demais...

Ao trocar o nome, foi emitido um novo ticket eletrônico. Neste novo ticket o valor estava diferente do (menor que o) valor original. Ora, se vou prestar conta do valor pago, como vou mostrar um comprovante com o valor menor que o original? Bem, o atendente me falou que não havia como manter o nome e o valor (!!!?!?) então aceitei pensando "bom, vou usar o do nome truncado então, pois a chance de dar problema é menor". Aí veio a outra surpresa: ao trocar o nome (e o valor) ele também trocou o horário pras 15:20. E eu só descobri isso nas primeiras horas de 2010, pouco antes da hora do voo original, no qual a Debora ainda estava confirmada. "Ok, isso é um problema, mas imagino que possam desfazer essa cagada quando chegar no aeroporto". Ao chegar no aeroporto, mais uma surpresa: o voo de 10:20 tinha passado pras 9:00. E não avisaram à Debora. Segundo eles, tentaram e não conseguiram. Como tínhamos chegado cedo, quase conseguimos embarcar, mas ainda teríamos que declarar saída de eletrônicos, então fomos "transferidos" pro das 15:20. Pelo menos viemos juntos, apesar de termos perdido uma tarde em Santiago.

O resumo até o momento era: o cara da Lan fez uma cagada imensa e o povo que resolveu que 9:00 era mais legal que 10:20 era idiota. O resto da empresa compensou. No aeroporto (Galeão) fomos bem atendidos, com calma e solicitude, mesmo eu estando um pouco impaciente e intolerante. O voo também foi tranquilo (apesar de aparentemente nenhuma aeromoça falar português), lanchinho bastante agradável com direito a vinho, cobertor, travesseiro, bons filmes pra assistir, uma boa seleção musical pra escolher ouvir, etc. Tudo isso num Boeing 767-300.

Prefiro acreditar que foi uma conjunção de azares que demos. No geral a empresa parece boa. O site deixa um pouco a desejar, como dito acima, mas parece único problema "permanente" e não pontual.

Viagem ao Chile - Parte 0

Neste momento escrevo do Chile, onde vim fazer um curso de verão de matemática discreta. Estou alojado no Hostal Forestal com a Debora, de onde sairemos dia 3. Pra tentar dividir as experiências (vai que um dia você vai ao Chile e precisa de umas dicas?) e também pra eu registrar pra poder relembrar no futuro, vou tentar escrever aqui um pouco sobre a viagem como um todo.

Pra começar, fiquei sabendo do curso de verão e pensei: "é uma época tranquila, uma oportunidade de viajar e aprender umas coisas que não faço idéia do que sejam embora sejam correlatas ao que estudo". Depois de uma conversa com o orientador ficou decidido que eu faria o curso. Aí vem a primeira parte da viagem que é a compra da passagem. Em breve um post específico sobre o drama que foi a compra e o voo em si (EDIT: o post pode ser visto aqui). O passo seguinte foi fazer as reservas dos dois hostels, que também foi tranquila (viva a internet!).

O curso é de segunda à sexta. Chegamos aqui na sexta anterior (dia 1º de janeiro) e passaremos duas noites em Santiago e depois iremos para Valparaíso onde será o curso de fato. No sábado, dia 9, voltamos ao Brasil.

Minha primeira impressão da cidade é meio superficial, uma vez que chegamos tarde e não fizemos muita coisa, mas a característica que mais me chamou atenção é a semelhança com o Brasil. Os traços das pessoas, o jeito de se vestir, os butecos, a aparência da cidade... De certa forma é bom que não me sinto tão peixe fora d'água. A parte estranha é que falam espanhol (como não poderia deixar de ser). Aliás, estou gastando todo meu espanhol aqui... Só que toda hora tem uma palavra aqui ou ali que é diferente do que eu conheço, ou a pronúncia varia (teve coisa que falaram de um jeito no avião e aqui já estavam falando de outro!) e por aí vai. Mas é bem fácil a comunicação. O cara do albergue fala inglês também, resolvendo possíveis impasses linguísticos. E o garçom do bar onde comemos filete com papas fritas (bife com fritas) era bem esperto, conseguia descrever com facilidade as coisas de um jeito diferente quando a gente não entendia. Ah, e sim, comemos comida que se come no Brasil, em parte por medo de arriscar, em parte por falta de opção (pelo que pesquisamos, a culinária aqui é bem simples). Eu e Debora somos meio frescos pra comer e meio bichos do mato demais pra perguntar também =)

Amanhã é o dia do turismo e tentaremos conhecer os pontos mais famosos da cidade. Conforme for, se o tempo e a disposição permitirem, tento postar aqui as impressões e, quem sabe, alguma foto. Comentários e dicas são bem vindos :)