segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Viagem ao Chile - Parte 1

Com dois dias de atraso, vou postar um resumo do primeiro dia de viagem. Acho que o restante da viagem deve render só mais uns 2 posts, já que grande parte do meu tempo nos próximos dias será dedicado ao curso. Se não leu a Parte 0 da viagem, recomendo fazê-lo antes.

Acordamos razoavelmente tarde, já que o café-da-manhã começava só às 9h. Saímos depois das 10h, mas as ruas ainda estavam bem desertas, com muitas lojas fechadas algumas por ser sábado, outras por ainda estar "cedo". O albergue era particularmente bem localizado. Bem próximo da rua "Pio Nono", a Lapa de Santiago, e também próximo de praças e museus famosos. Começamos andando pela Avenida Libertador General Bernardo O'Higgins a mais importante da cidade.


Nela se encontra o principal acesso ao Cerro Santa Lucía que foi o ponto da cidade do qual mais gostei. Um cerro é uma "colina", um "morro" ou um "outeiro". O Cerro Santa Lucía nada mais é que uma pequena montanha no meio da cidade.


E o que o torna interessante a possibilidade de se ver grande parte de Santiago de lá, além de algumas construções antigas, estátuas e chafarizes. Nas minhas pesquisas pelos guias de turismo, nem tinha dado muita atenção aos cerros da cidade. Quem aumentou minha curiosidade foi um grupo de mineiros que estava no mesmo albergue que a gente. Como o Cerro era praticamente caminho pros outros pontos turísticos, resolvemos conferir.









Algo interessante que notei durante a viagem são as montanhas visíveis pela janela do avião quando se aproxima do Chile. Do alto do cerro também é possível ver algumas dessas montanhas, com neve em seus cumes.



Uma outra coisa que achei interessante em Santiago é o interesse de seu povo por Street Fighter, como pode ser observado nas fotos abaixo, uma delas no cerro, de um índio preparando-se para lançar um Hadouken.


A outra demonstração clara de referência ao Hadouken pode ser vista na foto abaixo, com duas estátuas em uma exposição sobre a China no Centro Cultural Palacio la Moneda o qual visitamos no mesmo dia.


Aliás, o Palacio la Moneda é um marco histórico de Santiago. Inicialmente era a sede da Casa da Moeda do país, tendo se tornado sede do governo em 1845. Foi também lá que morreu Salvador Allende, presidente do país, durante o golpe militar liderado por Pinochet. Não se sabe exatamente se ele foi assassinado pelo exército durante o ataque ao palácio. Uma outra versão seria a de que ele haveria cometido suicídio com uma arma dada por Fidel Castro, na iminência de ser capturado. Uma vista frontal do palacio pode ser vista abaixo.


Depois de algumas horas caminhando sob o sol, ficamos exaustos (acho que meu peso não ajuda muito nesse sentido) e decidimos ir para um shopping. Para isso usamos o metrô, que, diga-se de passagem, cobre uma parcela razoável da cidade, com intervalos de tempo bem pequenos. A surpresa foi ver que os vagões têm pneus.


O almoço desse dia ficou por conta de McDonald's mesmo. Basicamente por falta de opção: muita comida "comum" pra gente, como bife e batata frita, muito fast-food, além de frutos do mar (os quais não como) que são a especialidade local. Mais tarde, fizemos um lanche no qual comi um sanduíche com abacate, carne e maionese. Aliás, várias das fuentes de soda (lanchonetes) do Chile vendem muitos de seus hambúrgueres e cachorros-quentes com abacate em cima. É um conceito estranho, mas o paladar é interessante. Ainda no sábado, chegou o Hugo, também para o curso de verão. Ele saiu com uma camisa do Fluminense e várias pessoas na rua fizeram referências ao Brasil por conta disso. Aliás, a quantidade de brasileiros que vimos em Santiago me espantou. Parece que os brasileiros gostam mesmo do Chile :)

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