terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Viagem ao Chile - Parte 2

Acabou que não continuei com os posts da viagem. A razão foi simples: tomava muito tempo e preferi fazer isso quando estivesse de volta ao Brasil. Depois na volta corri atrás de algumas coisas e agora tive a disposição de tentar contar o que aconteceu no resto da viagem.

O post anterior contou como foi o sábado que, na prática, foi o primeiro dia em Santiago. No domingo, era dia de ir pra Valparaíso, local onde seria realizado o curso. Mas como só iríamos à tarde, aproveitamos o dia para terminar de visitar a cidade.

O dia começou com uma visita ao Museu de arte precolombiana, citado em diversos lugares como um dos pontos de visita obrigatória para turistas. Nele, há objetos de civilizações existentes antes da chegada dos europeus, encontrados em diversas partes da América Latina. Como todo museu, não adianta descrever, só visitando pra saber como realmente é. Do acervo, achei interessante alguns tecidos e teares encontrados.



O Museu fica em um dos cantos da Plaza de Armas, um dos pontos mais famosos de Santiago. A praça, com uma área bem arborizada é cercada por prédios históricos, como a Catedral Metropolitana de Santiago.


Dali, seguindo mais uma vez as recomendações para turistas em Santiago, fomos ao último lugar que faltava de nossa lista, citado, principalmente pela gastronomia: o Mercado Central. É basicamente um grande mercado de frutos do mar, que aparentemente são muito presentes na culinária local, mas também tem restaurantes (cuja especialidade não poderia ser outra). Comi um Pastel de Choclo, que é uma espécia de "Escondidinho", mas com milho ao invés de aipim. Sob o aipim, tinha carne, frango, linguiça e ovo cozido. Foi uma surpresa bastante agradável, pra quem achou que ia comer um negócio qualquer só pra não ficar com fome. Bebemos Pisco Sour, uma espécie de caipirinha a base de Pisco, um destilado local, e com clara de ovo. Experimentamos também um vinho chileno Carmen Rhin, sugestão do garçon. Aliás, fomos muito bem atendidos lá, no Donde Augusto.

Na volta do almoço, passamos pelo Museu de Arte Contemporânea (aquelas artes sem sentido). Se não fosse tão sem sentido e não estivéssemos com tanto sono, teria sido mais divertido.


De lá fomos para o albergue nos preparar pra ida a Valparaíso. Para chegar lá, pegamos o metrô até um terminal rodoviário, um ônibus para a cidade e, para chegar ao albergue, tomamos um taxi.

A chegada no albergue foi meio esquisita: a cidade inteira é em morro, com um aspecto "estranho" pra quem está acostumado a ver as favelas do Rio. O nosso albergue era em uma ruazinha semi-pavimentada. Mas depois da primeira impressão da rua, The Yellow House se mostrou um lugar bem legal para se ficar hospedado. Martin, o dono, era um executivo australiano que cansou daquela vida, se casou com uma chilena e administra do hostel desde então. Por seu australiano e falar inglês nativamente, acaba sendo um ótimo anfitrião para os que não falam espanhol. Ele foi muito receptivo, dando todos os tipos de dicas que se pode imaginar. Falou de pontos turísticos, meios de transporte, lojas próximas, deu dicas de segurança (depois de ouvi-lo fiquei com a impressão de que seria assaltado a qualquer momento), etc. Tirando a ausência de televisão, o conforto do quarto fez com que nos sentissemos em um hotel (até pelo preço, ligeiramente salgado pra um albergue). Em todos os sentidos, o albergue era muito melhor que o de Santiago. A localização era muito boa pra quem estava fazendo o curso, por ficar a cerca de 50 metros do Instituto de Sistemas Complejos de Valparaiso. Coincidentemente, Israel, o único brasileiro no curso que não era da UFRJ, ficou neste mesmo albergue. A diversidade de nacionalidades dos hóspedes era bem interessante.



Valparaiso é uma cidade portuária. É onde fica o maior (ou segundo maior) porto do Chile. Uma vez que a cidade fica num morro, de frente para o mar, a área portuária é visível de grande parte da cidade.


O porto é aproveitado tanto para atividades comerciais quanto para passeios turísticos. Durante nossa estadia lá, dois cruzeiros estiveram atracados, e a todo instante saem passeios de barco, mostrando a cidade de outro ponto de vista, além de poder-se ver de perto os navios de cruzeiro e embarcações militares.


Além do mar, a cidade tem outros atrativos, como alguns museus incluindo como uma das casas do poeta Pablo Neruda, que visitamos em um dos dias. Por ser repleta de morros, os ascensores (elevadores) são muito comuns na cidade, para levar as pessoas das partes mais baixas às partes mais altas.

Próximo de Valparaiso, fica Viña del Mar, uma cidade um pouco maior, com hotéis de luxo, cassinos, condomínios à beira da praia e um grande shopping center. Em uma das tardes fomos visitar a cidade e aproveitamos pra fazer algumas compras. Algumas marcas lá eram bem familiares a nós brasileiros, como Petrobrás, Itaú, Brahma e Azaléia.

O curso em si foi bem legal. Era dividido em 3 partes: uma de teoria dos jogos, outra de otimização e uma terceira de teoria topológica de grafos. Acho os três temas interessantes, mas infelizmente viajei muito no de teoria dos jogos. Os outros dois foram bem legais, sendo o terceiro o que valeu mais a pena pra minha área de estudo atual. Dependendo dos temas, quem sabe não apareço em uma próxima edição? :)

Um comentário:

  1. Pisco! Sempre quis provar Pisco! *.*

    E valeu pelas impressões do Chile. Tenho muita vontade de visitar aquelas terras.

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